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| - Cais-do-Sodré té Salamansa is the first short story book published in 1974 by Cape Verdean writer Orlanda Amarílis. This collection consists of seven short stories in which the day-to-day lives of Cape Verdean emigrants are portrayed. Unlike some earlier romanticized accounts of the diaspora written by other Cape Verdean writers, Amarilis’ book projects a realistic and not-so-romanticized view of the Cape Verdean diaspora, and it is mainly concerned with the diaspora in Portugal. (en)
- Cais-do-Sodré té Salamansa é o primeiro livro de contos publicado pela escritora cabo-verdiana Orlanda Amarílis, em 1974. Este livro contém sete contos, os quais desenvolvem a vida quotidiana dos cabo-verdianos emigrados e demonstram uma imagem e experiência mais real e menos romantizada da diáspora cabo-verdiana, principalmente em Portugal. Nestes contos surgem referências aos temas principais da consciência nacional cabo-verdiana e às consequências que resultam da emigração dos cabo-verdianos para países estrangeiros, destacando-se, por exemplo, as questões de identidade, adaptação, solidão, racismo e sexismo."Em Cais-do-Sodré té Salamansa, Amarílis apresenta uma visão nostálgica da terra natal e simultaneamente uma tomada de consciência cabo-verdiana." O primeiro conto, intitulado "Cais-do-Sodré", é uma narrativa cuja personagem principal, uma cabo-verdiana de nome Andresa, se encontra no Cais do Sodré, uma praça principal situada em Lisboa (Portugal), uma cidade estrangeira para ela. Esta praça é um ponto de partida de comboios e barcos que funcionam como meios de transporte público. Os trabalhadores dos arredores da cidade de Lisboa utilizam estes meios de transporte como ligação de partida e chegada a Lisboa. Ao contrário, o último conto é intitulado Salamansa, uma praia localizada na ilha de São Vicente em Cabo Verde. O título completo desta coleção de contos,Cais-do-Sodré té Salamansa, é simbólico porque mostra a trajetória do emigrante cabo-verdiano que percorre a distância entre o mundo estrangeiro de Lisboa (Cais do Sodré) e o retorno nostálgico à terra natal (Salamansa). Também demonstra o conflito interno do cabo-verdiano de ‘querer-partir-e-ter-de-ficar’ ou o ‘querer-ficar-e-ter-de partir." Segundo Fernando Mendonça, ao longo dos sete contos do livro, Orlanda Amarílis estabelece um círculo, um tipo de conexão ou fio "onde se movimentam as personagens do arquipélago, personagens extraordinariamente bem representadas (ou evocadas?), tal como os lugares que servem como cenário e que emergem da realidade." Devido aos problemas geográficos (mares hostis) e econômicos (as secas, a fome, a pobreza), muitos habitantes de Cabo Verde desejavam ou precisavam, por necessidade, emigrar para países estrangeiros. Surge então "a importância da emigração como tema literário" para demonstrar a realidade cabo-verdiana. (pt)
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