. . . . . "As ra\u00EDzes etimol\u00F3gicas do nome Brasil s\u00E3o ainda disputadas. A palavra Brasil j\u00E1 era conhecida h\u00E1 muitos s\u00E9culos na Europa. O fil\u00F3logo Adelino Jos\u00E9 da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de proced\u00EAncia celta. De fato, a cartografia medieval identifica a ilha de Hy-Brasil em algum ponto do Oceano Atl\u00E2ntico a partir de lendas ancestrais c\u00E9lticas que remontam a S\u00E3o Brand\u00E3o, dos anos 500 d.C., e aos Immram posteriores, que falam de uma \"terra de del\u00EDcias\", vista entre nuvens. No entanto, o termo Brasil \u00E9 ainda mais antigo e pode ser rastreado at\u00E9 a l\u00EDngua dos antigos fen\u00EDcios."@pt . . . . . . . "As ra\u00EDzes etimol\u00F3gicas do nome Brasil s\u00E3o ainda disputadas. A palavra Brasil j\u00E1 era conhecida h\u00E1 muitos s\u00E9culos na Europa. O fil\u00F3logo Adelino Jos\u00E9 da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de proced\u00EAncia celta. De fato, a cartografia medieval identifica a ilha de Hy-Brasil em algum ponto do Oceano Atl\u00E2ntico a partir de lendas ancestrais c\u00E9lticas que remontam a S\u00E3o Brand\u00E3o, dos anos 500 d.C., e aos Immram posteriores, que falam de uma \"terra de del\u00EDcias\", vista entre nuvens. No entanto, o termo Brasil \u00E9 ainda mais antigo e pode ser rastreado at\u00E9 a l\u00EDngua dos antigos fen\u00EDcios. Brasil deriva da palavra celta bress, que significa \"aben\u00E7oar\", por isso esta ilha das hist\u00F3rias de S\u00E3o Brand\u00E3o foi nomeada Hy-Brasil, ou \"Ilha dos Aben\u00E7oados\". Foi com esse sentido que o nome Brasil foi amplamente usado na cartografia medieval para identificar ilhas que se acreditava existirem no Oceano Atl\u00E2ntico. Assim elas aparecem, por exemplo, no Portulano de Dulcert, de 1325 e o Portulano Mediceo Laurenziano de 1351, dentre outros. Concordando e promovendo essa teoria da origem c\u00E9ltica do nome Brasil estiveram proeminentes historiadores e estudiosos ao longo dos s\u00E9culos, dentre eles Robert Southey no primeiro livro de Hist\u00F3ria geral do Brasil publicado entre 1810 e 1819, Capistrano de Abreu, Gustavo Barroso, S\u00E9rgio Buarque de Holanda em sua Vis\u00E3o do Para\u00EDso (1959), Pedro Calmon, Pedro Paulo Funari, dentre outros. A historiadora Laura de Mello e Souza afirmou em O nome do Brasil. Nossa Hist\u00F3ria 1 (6), (2004): \u201Cprimeiro houve o nome, depois o lugar que foi nomeado\u201D (Souza, 2004: 35). Em 2000, escrevendo para o Dicion\u00E1rio do Brasil colonial, o historiador Ronaldo Vainfas afirmou que o voc\u00E1bulo Brasil teria provindo do imagin\u00E1rio europeu pr\u00E9-cabralino (isto \u00E9, antes de 1500) e que teria sido utilizado pelos portugueses como mito geopol\u00EDtico. As denomina\u00E7\u00F5es burocr\u00E1ticas (de Monte Pascoal, Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Cabr\u00E1lia, etc) cederam lugar \u00E0 terminologia m\u00EDtica (de Brasil), apesar de posteriormente alguns autores coloniais acreditarem que este nome teria advindo da madeira hom\u00F4nima, um engano que se perpetua at\u00E9 nossos dias. O monge beneditino e bot\u00E2nico Bento Jos\u00E9 Pickel escrevendo para a Revista de Hist\u00F3ria, v. XVI, a. IX, 1958, p. 3\u20138. comenta que o nome brasil adveio do latim brasilia, palavra medieval, que j\u00E1 havia sido citada num tratado italiano sobre tinturas, escrito em Ferrara em 1148. Onde a palavra brasilia era usada genericamente para se referir a diferentes tipos de plantas das \"\u00CDndias\", as quais extra\u00EDa-se pigmentos vermelhos. A palavra brasilia seria a vers\u00E3o latina para os termos indianos sappan e patang, que eram traduzidos como vermelho: \"Apesar do nome mais comum ser pau-brasil, os portugueses tamb\u00E9m passaram a usar sin\u00F4nimos como pau-de-tinta, pau-rosado, pau-vermelho, pau-de-pernambuco (refer\u00EAncia a Pernambuco ser um grande exportador da planta) etc. Por sua vez, entre os nomes ind\u00EDgenas destaca-se a palavra tupi, ibirapitanga (\u00E1rvore vermelha), o termo foi inclusive traduzido ao franc\u00EAs por Thevet (1558) e Lery (1578), passando a ser chamado de oraboutan e araboutan. Os quais foram aportuguesados para orabut\u00E3 e arabut\u00E3\". (PICKEL, 1958, p. 3). A pesquisadora CNPq doutora Ana Donnard em O Outro Mundo dos celtas atl\u00E2nticos e a m\u00EDtica Brasil, ilha dos afortunados: primeiras abordagens. Nuntius Antiquus, Belo Horizonte, n. 3, 2009, p. 14\u201328, escreve: \u201CV\u00E1rias foram as designa\u00E7\u00F5es para a madeira de cor avermelhada utilizada pelos europeus como tinta para tecidos e outras utilidades: verzino pelos venezianos, bois de pernanbouc pelos franceses, arboles de tinturer\u00EDa pelos espanh\u00F3is, araboutan pelo incr\u00EDvel cronista Jean de L\u00E9ry, ibirapitanga pelos ind\u00EDgenas, Presilholtz (madeira do Brasil) pelos alem\u00E3es em 1514, verniz pelos portugueses e brisilicum para designar o pau do Brasil por Duarte Pacheco em circa 1505. A confus\u00E3o entre o termo celta e a designa\u00E7\u00E3o do pau-Brasil teve inicio a partir de um planisf\u00E9rio conhecido como Kunstmann IV, que toma um termo pelo outro, anunciando que o nome brasil derivava da abund\u00E2ncia de \u201Ctinta brasil\u201D encontrada sobre seu solo\u201D. (DONNARD, 2009, p. 14). Segundo Barroso (1941, p. 77), a palavra brasil j\u00E1 existia no vocabul\u00E1rio espanhol h\u00E1 bastante tempo, sendo usada como sin\u00F4nimo de carmesim e vermelho. Tal palavra era usada principalmente para se referir aos of\u00EDcios de tinturaria, no fabrico do pigmento de cor vermelha. No livro Singularidade da Fran\u00E7a Ant\u00E1rtica (1558), escrita pelo capuchinho franc\u00EAs Andr\u00E9 Thevet, ap\u00F3s sua estada no Brasil, mais precisamente na col\u00F4nia da Fran\u00E7a Ant\u00E1rtica, situada na ba\u00EDa de Guanabara, atualmente na cidade do Rio de Janeiro, Thevet comentou que o pau-brasil era parecido com uma \u00E1rvore asi\u00E1tica comumente chamada de sapang ou sappan. Ainda hoje tal \u00E1rvore em l\u00EDngua inglesa \u00E9 conhecida como sappanwood. Seu nome cient\u00EDfico \u00E9 Caesalpinia sappan, e entre os portugueses era conhecida como pau-brasil das \u00CDndias ou pau-roxo de Sumatra. (BARROSO, 1941, p. 77). Paulo M\u00E1rcio Leal de Menezes em O Brasil na cartografia pr\u00E9-lusitana. Anais do 1 Simp\u00F3sio Brasileiro de Cartografia Hist\u00F3rica: Passado-Presente nos velhos mapas: conhecimento e poder, Paraty, 10 a 13 de maio de 2011. p. 1\u201318, escreve: \u201CRefer\u00EAncias ao com\u00E9rcio do pau-brasil podem ser encontradas tamb\u00E9m em uma s\u00E9rie de documentos, principalmente em antigas pautas alfandeg\u00E1rias e forais governamentais, remontando aos s\u00E9culos XII, XIII e XIV. De 1151, encontra-se um documento escrito em latim b\u00E1rbaro, uma ordem de pagamento do arcebispo de G\u00EAnova a Filippe de Lamberto Guezzi, mencionando que uma quarta parte do pagamento seria realizado in brasilem. De 1194 \u00E9 conhecido um documento, tamb\u00E9m escrito em latim b\u00E1rbaro, versando sobre um tratado de paz celebrado entre os governos de Ferrara e Bolonha, referindo-se ao pagamento por carga muar, \u201Cde todos os panos de algod\u00E3o, pedra hume, de gr\u00E3 e de brasile\u201D. Al\u00E9m desses, outro documento, datado de 1198, denomina a tinta vermelha de braxilis. Esses termos, brasilem, brasile e braxilis, s\u00E3o ent\u00E3o formas de refer\u00EAncias, bastante antigas, atribu\u00EDdas ao pau-brasil\u201D. (MENEZES, 2009, p. 13 apud C\u00C2NDIDO, 1922). Logo depois do Descobrimento do Brasil, o primeiro mapa a trazer o nome Brasil foi o Planisf\u00E9rio de Cantino, de 1502. Nele est\u00E1 escrito Rio d Brasil logo abaixo do Rio S\u00E3o Francisco. \u00C9 inconcluso se o autor quis se referir \u00E0 \u00E1rvore de Paubrasilia ou a ilha m\u00EDtica de Brasil que teria sido finalmente encontrada. Na verdade os europeus j\u00E1 conheciam e usavam outra madeira chamada de pau Brasil antes do Descobrimento do Novo Mundo: trava-se da \u00E1rvore Biancaea sappan, nativa do Oriente. Eles usavam Biancaea sappan para as mesmas finalidades das quais passaram a usar o pau-Brasil. Como ambas as \u00E1rvores tinham equival\u00EAncias, a nova esp\u00E9cie encontrada na Am\u00E9rica foi batizada tamb\u00E9m de pau-Brasil. No entanto, as cita\u00E7\u00F5es do nome Brasil nos mapas continuou, e ainda \u00E9 inconcluso afirmar se queriam referir-se \u00E0 madeira ou \u00E0 ilha. O nome foi replicado no Planisf\u00E9rio de Cav\u00E9rio de 1504. O cosm\u00F3grafo portugu\u00EAs Duarte Pacheco Pereira, em seu livro Esmeraldo de Situ Orbis (c. 1506\u201309), refere-se a todo o litoral do atual Brasil como \"terra do Brasil daleem do mar Ociano\" (terra do Brasil de al\u00E9m-mar)[ver p\u00E1gina 16 e p\u00E1gina 78 ]. O termo tamb\u00E9m \u00E9 encontrado numa carta, datada de 1.\u00BA de abril de 1512, de Afonso de Albuquerque ao rei, referindo-se a um mapa de um piloto javan\u00EAs, que continha uma representa\u00E7\u00E3o da \"terra do brasyll\". [ver das p\u00E1ginas 29 \u00E0 65 da carta] N\u00E3o obstante, a medida que a madeira conhecida por Brasil na Europa era o s\u00EDmbolo das novas terras encontradas, cronistas como Jo\u00E3o de Barros, frei Vicente do Salvador e Pero de Magalh\u00E3es G\u00E2ndavo apresentaram explica\u00E7\u00F5es acerca da origem do nome \"Brasil\" a partir desta \u00E1rvore chamada \"pau-brasil\", cuja madeira era empregada na tinturaria de tecidos. Na \u00E9poca dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explor\u00E1-lo vantajosamente, mas n\u00E3o tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa \"ilha Brasil\" (em vez de Terra - continental) no meio do oceano Atl\u00E2ntico, de onde extra\u00EDam o conhecido desde antiguidade pau-brasil (madeira cor de brasa). Em 1967, com a primeira constitui\u00E7\u00E3o da ditadura militar, o Brasil passou a chamar-se Rep\u00FAblica (do latim \"res\", coisa, \"publica\", p\u00FAblica, do povo) Federativa do Brasil, nome que a Constitui\u00E7\u00E3o Federal Brasileira de 1988 conserva at\u00E9 hoje. Antes, na \u00E9poca da monarquia constitucional, de acordo com a primeira constitui\u00E7\u00E3o, a constitui\u00E7\u00E3o imperial brasileira de 1824, que fora baseada nas chamadas \"Ordena\u00E7\u00F5es de Maria - Primeira, Imperadora\", era Imp\u00E9rio do Brasil, e depois, com a proclama\u00E7\u00E3o da Rep\u00FAblica brasileira em 1889, o nome foi alterado para Estados Unidos do Brasil. Os habitantes naturais do Brasil s\u00E3o denominados brasileiros, cujo gent\u00EDlico \u00E9 registrado em portugu\u00EAs a partir de 1706 que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil. Entretanto, foi apenas em 1824, na primeira constitui\u00E7\u00E3o brasileira, que o gent\u00EDlico \"brasileiro\" passou legalmente a designar as pessoas naturais do Brasil. H\u00E1 ainda a possibilidade do uso de outros gent\u00EDlicos como brasiliano, bras\u00EDlico, bras\u00EDlio e brasiliense (esse \u00FAltimo tamb\u00E9m atribu\u00EDdo aos habitantes de Bras\u00EDlia) para designar os naturais do Brasil."@pt . . . "\u041E\u0431 \u044D\u0442\u0438\u043C\u043E\u043B\u043E\u0433\u0438\u0438 \u043D\u0430\u0437\u0432\u0430\u043D\u0438\u044F \u0411\u0440\u0430\u0437\u0438\u043B\u0438\u044F (\u043F\u043E\u0440\u0442. Brasil) \u0441\u0443\u0449\u0435\u0441\u0442\u0432\u0443\u0435\u0442 \u0440\u044F\u0434 \u0433\u0438\u043F\u043E\u0442\u0435\u0437, \u043E\u0441\u043D\u043E\u0432\u043D\u044B\u0435 \u0432\u0435\u0440\u0441\u0438\u0438 \u043F\u0440\u043E\u0438\u0441\u0445\u043E\u0436\u0434\u0435\u043D\u0438\u044F \u043D\u0430\u0437\u0432\u0430\u043D\u0438\u044F \u043F\u0440\u0438\u0432\u0435\u0434\u0435\u043D\u044B \u043D\u0438\u0436\u0435."@ru . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "1109674651"^^ . . . "Name of Brazil"@en . "16574"^^ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "The name Brazil is a shortened form of Terra do Brasil (\"Land of Brazil\"), a reference to the brazilwood tree. The name was given in the early 16th century to the territories leased to the merchant consortium led by Fern\u00E3o de Loronha, to exploit brazilwood for the production of wood dyes for the European textile industry. The term for the brazilwood tree in Portuguese, pau-brasil, is formed by pau (\"wood\") and brasa (\"ember\"), the latter referring to the vivid red dye that can be extracted from the tree. The word brasa is formed from Old French brese (\"ember, glowing charcoal\")."@en . . . . . "\u041D\u0430\u0437\u0432\u0430\u043D\u0438\u0435 \u0411\u0440\u0430\u0437\u0438\u043B\u0438\u0438"@ru . . . . . . "11910923"^^ . . . . . . . "The name Brazil is a shortened form of Terra do Brasil (\"Land of Brazil\"), a reference to the brazilwood tree. The name was given in the early 16th century to the territories leased to the merchant consortium led by Fern\u00E3o de Loronha, to exploit brazilwood for the production of wood dyes for the European textile industry. The term for the brazilwood tree in Portuguese, pau-brasil, is formed by pau (\"wood\") and brasa (\"ember\"), the latter referring to the vivid red dye that can be extracted from the tree. The word brasa is formed from Old French brese (\"ember, glowing charcoal\")."@en . . . . . . . . . . . "Etimologia de Brasil"@pt . . . "\u041E\u0431 \u044D\u0442\u0438\u043C\u043E\u043B\u043E\u0433\u0438\u0438 \u043D\u0430\u0437\u0432\u0430\u043D\u0438\u044F \u0411\u0440\u0430\u0437\u0438\u043B\u0438\u044F (\u043F\u043E\u0440\u0442. Brasil) \u0441\u0443\u0449\u0435\u0441\u0442\u0432\u0443\u0435\u0442 \u0440\u044F\u0434 \u0433\u0438\u043F\u043E\u0442\u0435\u0437, \u043E\u0441\u043D\u043E\u0432\u043D\u044B\u0435 \u0432\u0435\u0440\u0441\u0438\u0438 \u043F\u0440\u043E\u0438\u0441\u0445\u043E\u0436\u0434\u0435\u043D\u0438\u044F \u043D\u0430\u0437\u0432\u0430\u043D\u0438\u044F \u043F\u0440\u0438\u0432\u0435\u0434\u0435\u043D\u044B \u043D\u0438\u0436\u0435."@ru . . . . . .