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| - En la història de l'art, Paragone («comparació») és un terme italià usat per a descriure el debat durant el Renaixement, el manierisme i els inicis del Barroc, sobre quina de les arts era major, en què es tractava de decidir quina era la primera entre les arts visuals. (ca)
- Als Paragone (it.: Vergleich, Gegenüberstellung; verkürzt aus paragone delle arti) wird in der Kunstgeschichte der „Wettstreit der Künste“ vornehmlich in der Renaissance und im Frühbarock bezeichnet. Dabei ging es um die Vorrangstellung innerhalb der bildenden Künste und um das Verhältnis der Bildkünste zu anderen Schönen Künsten wie der Dichtkunst. (de)
- Paragone (Italiaans voor vergelijking, competitie) is het debat en de wedijver tussen verschillende kunstvormen over de onderlinge verdiensten en superioriteit. (nl)
- Il paragone delle arti è un tema che animò il dibattito sulla materia artistica nel Rinascimento. (it)
- En la historia del arte se define como paragone (en italiano, «comparación») a la «competición de las artes» en el Renacimiento e inicios del Barroco, en la que se trataba de decidir cual era la primera dentro de las artes visuales. Se discutía sobre todo por el orden de la pintura y la escultura, pero también se incluía en la discusión a la arquitectura. (es)
- Paragone (Italian: paragone, meaning comparison), was a debate during the Italian Renaissance in which painting and sculpture (and to a degree, architecture) were each championed as forms of art superior and distinct to each other. While other art forms, such as architecture and poetry existed in the context of the debate, painting and sculpture were the primary focus of the debate. The debate extended beyond the fifteenth century and even influences the discussion and interpretation of artworks that may or may not have been influenced by the debate itself. (en)
- Le Paragone (italien : paragone, signifiant « comparaison »), était un débat de la Renaissance italienne dans lequel la peinture et la sculpture (et dans une certaine mesure, l'architecture) étaient chacune défendues comme supérieures et donc distinctes les unes des autres. Alors que d'autres formes d'art, telles que l'architecture et la poésie, faisaient partie du débat, la peinture et la sculpture sont les deux formes d'art sur lesquelles le débat s'est porté en priorité. (fr)
- Paragone (comparação) é um termo italiano que denominou uma polêmica a respeito de qual das artes seria a superior, que se tornou particularmente viva entre os artistas do Renascimento e Maneirismo, deixando longa descendência. (pt)
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| - En la història de l'art, Paragone («comparació») és un terme italià usat per a descriure el debat durant el Renaixement, el manierisme i els inicis del Barroc, sobre quina de les arts era major, en què es tractava de decidir quina era la primera entre les arts visuals. (ca)
- Als Paragone (it.: Vergleich, Gegenüberstellung; verkürzt aus paragone delle arti) wird in der Kunstgeschichte der „Wettstreit der Künste“ vornehmlich in der Renaissance und im Frühbarock bezeichnet. Dabei ging es um die Vorrangstellung innerhalb der bildenden Künste und um das Verhältnis der Bildkünste zu anderen Schönen Künsten wie der Dichtkunst. (de)
- En la historia del arte se define como paragone (en italiano, «comparación») a la «competición de las artes» en el Renacimiento e inicios del Barroco, en la que se trataba de decidir cual era la primera dentro de las artes visuales. Se discutía sobre todo por el orden de la pintura y la escultura, pero también se incluía en la discusión a la arquitectura. Dentro del paragone, innumerables artistas dieron su opinión en tratados, entre ellos Leon Battista Alberti, Alberto Durero y Leonardo da Vinci, que se decantaron por la pintura, mientras que otros artistas eligieron obras de arte ejemplares para representar la supremacía del arte elegido. (es)
- Le Paragone (italien : paragone, signifiant « comparaison »), était un débat de la Renaissance italienne dans lequel la peinture et la sculpture (et dans une certaine mesure, l'architecture) étaient chacune défendues comme supérieures et donc distinctes les unes des autres. Alors que d'autres formes d'art, telles que l'architecture et la poésie, faisaient partie du débat, la peinture et la sculpture sont les deux formes d'art sur lesquelles le débat s'est porté en priorité. Le débat s'étend au-delà du XVe siècle et influence même la discussion et l'interprétation d'œuvres d'art qui peuvent ou non avoir été influencées par le débat lui-même. Un questionnement semblable, généralement moins passionné, était connu sous le nom d'ut pictura poesis (tiré d'une citation d'Horace). Ce dernier, au lieu d'opposer la peinture à la sculpture, comparait les qualités de la peinture à celles de la poésie. (fr)
- Paragone (Italian: paragone, meaning comparison), was a debate during the Italian Renaissance in which painting and sculpture (and to a degree, architecture) were each championed as forms of art superior and distinct to each other. While other art forms, such as architecture and poetry existed in the context of the debate, painting and sculpture were the primary focus of the debate. The debate extended beyond the fifteenth century and even influences the discussion and interpretation of artworks that may or may not have been influenced by the debate itself. A comparable question, generally posed less competitively, was known as ut pictura poesis (a quote from Horace), comparing the qualities of painting and poetry. (en)
- Paragone (Italiaans voor vergelijking, competitie) is het debat en de wedijver tussen verschillende kunstvormen over de onderlinge verdiensten en superioriteit. (nl)
- Il paragone delle arti è un tema che animò il dibattito sulla materia artistica nel Rinascimento. (it)
- Paragone (comparação) é um termo italiano que denominou uma polêmica a respeito de qual das artes seria a superior, que se tornou particularmente viva entre os artistas do Renascimento e Maneirismo, deixando longa descendência. A rivalidade entre as artes era coisa antiga, e durante a Idade Média foi produzida muita literatura sobre o tema. Originalmente a disputa confrontava as artes visuais, consideradas simples técnicas mecânicas, e as artes intelectuais, como a poesia e a música, que se associavam ao mundo da razão e na prestigiada tradição grega eram contempladas com musas protetoras, enquanto que nenhuma das artes visuais era tutelada por uma deidade. Essa inferiorização das artes visuais se tornou dramática no Renascimento, época em que se os artistas, tendo conquistado grandes conhecimentos sobre a natureza, a perspectiva e anatomia, que emprestavam à arte do período um cunho racional e quase científico, estavam tentando se livrar do status de simples artesãos e se equiparar aos intelectuais. Também se baseavam na antiga associação das artes visuais com a retórica, criando um repertório formal em grande parte derivado de motivos literários e com um caráter essencialmente narrativo. Havia a respeitável referência de Horácio, cujo conceito (assim como é a pintura, também é a poesia) dava mais peso às pretensões dos artistas e os ligava, através da retórica poética, à criatividade apolínea. Leonardo da Vinci foi o primeiro que colocou o problema com uma grande riqueza de argumentos em seu Tratado sobre a Pintura, definindo as principais linhas constitutivas do paragone centrado na comparação entre a pintura e a escultura. De início estabeleceu a arte em geral como uma irmã da ciência, e em seguida, particularizando sua análise, declarou que não encontrava diferenças essenciais entre a pintura e a escultura, mas logo passava a dizer que o trabalho do pintor era mais limpo, complexo, completo e intelectual, enquanto que o do escultor era mais sujo, simples, limitado e braçal. Além disso, considerava a imitação da natureza sob a forma de uma ilusão pictórica mais bela e instigante do que a produzida pela escultura, que imitava servilmente os volumes que a natureza apresentava e não exigia, assim, nenhum grande esforço de elaboração mental, nem um profundo conhecimento da matemática e da perspectiva, associando com isso a pintura às artes liberais. Ele também defendeu a pintura contra a poesia e a música, afirmando que a arte só pode excitar o observador através dos sentidos, e acreditando que dentre todos a visão era o que mais facilmente dava acesso à alma. Embora seus escritos não fossem impressos, suas ideias foram divulgadas por Castiglione, que as comentou em seu O Cortesão. A discussão atingiu seu primeiro ponto alto em meados do século XVI, tornando-se um tema dominante na crítica de arte maneirista, quando o poeta Benedetto Varchi proferiu em 1547 duas palestras na Academia das Artes do Desenho de Florença, e depois as mandou imprimir e divulgar com grande publicidade. Na primeira palestra Varchi propôs que a ideia ou concepção era superior à realização material, explicitando o papel central que a retórica assumia nas artes visuais. Na segunda, tendo convidado artistas notáveis a darem suas opiniões - três pintores (Pontormo, Bronzino e Vasari), e três escultores (Cellini, e Michelangelo) - atuou como o árbitro, embora sua preferência pela escultura seja nítida, influenciado pelo enorme prestígio de que desfrutava Michelangelo, tido como um gênio incomparável pelos seus contemporâneos. O paragone, porém, logo deixou de ser uma mera comparação amigável entre as artes para se tornar uma competição às vezes agressiva, um instrumento de luta pelo poder e uma forma de consolidação de preconceitos técnicos, estéticos ou sociais, pulverizando-se em várias questões paralelas. Alguns denegriam colegas de outras especialidades com o fito de monopolizar o mercado e ganhar prestígio pessoal, outros penetravam na política debatendo a primazia de certas escolas regionais sobre outras, uma área que foi inaugurada pelo pintor em 1548, considerando a pintura veneziana superior à florentina. A dúvida sobre qual das artes podia melhor representar a natureza, por outro lado, se tornou de grande relevo para a crítica na definição das especificidades de cada arte, mas cada uma delas, ao mesmo tempo, passou a buscar uma expansão em seu potencial, imitando efeitos próprios a outras categorias. Como exemplo, desenvolveu-se na pintura a técnica do trompe l'oeil, uma ilusão bastante acentuada de tridimensionalidade, na escultura passou-se a pesquisar efeitos de luz e sombra característicos da pintura, e a poesia impregnou-se de imagens pictóricas e cenográficas, procurando dar forte visualidade às descrições verbais. Tornou-se também um ponto moral, já que para eles a imitação artística da natureza deveria ser fiel o bastante para ser capaz de transmitir verdadeiro conhecimento. Isso gerou uma outra disputa sobre qual seria a melhor fonte do conhecimento, desta vez entre a arte e a própria natureza, já que, como fruto do intelecto humano, e acreditando-se o homem criado à imagem de Deus, a arte estaria mais próxima da ideação divina do que a natureza manifesta, que possuía evidentes imperfeições, irregularidades e limitações. Além disso, o artista podia transcender a natureza e criar coisas novas, o que a natureza, na concepção estática do universo daquele tempo, não seria capaz de fazer. A questão do paragone, com suas várias ramificações, atravessou os séculos, produziu muita literatura e inspirou muitos artistas e correntes estéticas, sem que qualquer partido tenha conseguido garantir sua supremacia. Embora o termo original raramente seja aplicado às artes contemporâneas e permaneça mais como um tópico da história da arte, na verdade o problema continua influente e irresolvido até nos dias de hoje. Muitos artistas ainda revelam um grande interesse em transcender os limites de cada modalidade artística, enquanto outros defendem a delimitação de fronteiras que não deveriam ser ultrapassadas, sob pena de se desestabilizar os gêneros, falsificá-los e privá-los de seu foco e de sua força característica, e outros mais se preocupam em como a arte deve - e se ela deve ou não - imitar a natureza, repetindo ou variando argumentos lançados há muito tempo e incorporando à discussão as novas artes e disciplinas do conhecimento que vêm aparecendo. (pt)
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